"Excelência é o Melhor Ataque"
O pesquisador americano Jim Collins, um dos mais aclamados gurus de gestão, constatou em suas pesquisas que as empresas que sobressaem em momentos de crises nem sempre são aquelas que têm os executivos arrojados, visionários ou os mais criativos e sim aqueles mais disciplinados e com visão de longo prazo os quais constroem um colchão protetor contra a próxima crise.
A maioria das grandes empresas têm sua cultura muito bem definida e desenvolvida e são quase como uma "religião". Aquelas pessoas que não compartilham das praticas e credos desta cultura estarão rodeados por "anticorpos corporativos" e, em muitos casos, acabam
sendo "ejetados" deste meio ambiente como se fossem um vírus, pois coloca em risco a cultura instalada.
Entretanto uma cultura eficaz não é apenas aquela que versa sobre programas fantásticos de comprometimento dos colaboradores com atividade ao ar livre, arvorismo ou blind jump para reforçar a confiança pessoal e na equipe. Ela se relaciona muito mais com a disciplina das pessoas comprometidas com um pensamento estruturado e que tomam ações planejadas. Outra característica que pode ser encontrada em empresas ou organizações bem sucedidas é estarem continuamente inconformadas com a situação atual. Este inconformismo cria uma força motriz que a impulsiona a organização em direção a novos desafios, mercados, conhecimentos e praticas.
Disciplina na execução não é algo novo para o mercado ou mesmo uma iniciativa que o Vale do Silício começou a apresentar na semana passada. A busca pela otimização dos recursos começa na máxima extração de valor dos colaboradores (o grande ativo de qualquer organização). Isto ocorre quando, intencionalmente, começamos a conhecer profundamente e analisar o que fazemos em nosso dia a dia, buscarmos os desvios, positivos ou negativos e agirmos sobre eles de forma organizada.
Esta captura de valor se inicia com uma visão estruturada dos processos empresariais e como se relacionam entre si: como vendas comunica o diferencial do produto, como a engenharia se compromete com a produção, como o pós-venda ganha a confiança do consumidor, como Alta Gerencia define as metas de forma a movimentar a organização na direção correta.
Estes processos, individualmente, podem estar funcionando bem, porém certamente existe espaço para a melhorias quando olhamos este contexto de forma mais abrangente.
Existem muitas empresas não sabem ao certo qual sua máxima capacidade para a geração de resultados.
Muitos pesquisadores e escritores tem se dedicado a este tema na busca de um novo "Ovo de Colombo" criando nomes sofisticados e investindo em marketing para torna-lo rapidamente conhecido como sendo a resposta aos desafios atuais, entretanto, quando analisamos com mais profundidade podemos verificar que as bases conceituais de muitas das "novas" metodologias tem muito em comum com o que já é conhecido e de domínio publico.
Quando buscamos os fatores do sucesso em programas e projetos bem implementados
percebemos que quatro fatores se alinham para a criação de um "momentum" diferenciado na empresa, que são: Estilo de Liderança, Qualidade, Planejamento Estratégico e Disciplina na Execução.
Quando estes fatores estão presentes, com proposito definido em um mesmo ambiente organizacional, acabam gerando uma energia que movimenta a empresa rumo ao sucesso o qual frequentemente é chamado de Excelência Operacional.
Este "momentum" não só impulsiona a organização pelos resultados como abre espaço para a implementação de programas de sustentação para que esta Inteligencia Operacional possa se tornar um Ativo Organizacional e resultar em pessoas bem treinadas, que produzam resultados diferenciados e que impulsionem suas carreiras e , consequentemente, melhorem os resultados da organização como um todo, afinal:
"Excelência é a melhor defesa.
Excelência é o melhor ataque"